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Hoje acordei cedinho e lembrei-me novamente dos ensinamentos de “Educação Religiosa” no Colégio Pio X – Marista, já que sou católico com muito orgulho.

Para fixação da passagem bíblica da vida Jesus de Nazaré, fora escolhido o episódio do seu julgamento perante o Governador da Judéia, Pôncio Pilatos.

Segundo as escrituras sagradas, antes de ser crucificado Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus, perante o fraco Pôncio Pilatos, que depois de interrogá-lo, não encontrou motivos veementes para condenação.

Mas a pressão das autoridades da época exigiam à condenação de Jesus de Nazaré.

Como acontece nos dias atuais em todo mundo, Pôncio Pilatos, ainda tentou como último recurso anete do julgamento final, e, diante da comprovada inocência de Jesus, apresentou o ladrão e assassino chamado Barrabás, para que fosse escolhido e condenado, com consequente libertação de Jesus de Nazaré.

As leis da época autorizavam o Governador libertar um prisioneiro na páscoa dos judeus à escolha do povo.

Diante do permissivo legal, Pôncio Pilatos indagou da multidão: “Qual quereis que vos solte, Barrabás ou Jesus, chamado o Cristo?” (Mt.27/16) e o povo enfurescido lavrou sua sentença: “Dá morte a esse e solta-nos Barrabás.” (Lc.23/18).

Sob pressão imperial e iludido o POVO VOTOU em Barrabás.

A história sagrada também registra, que em pouco tempo antes dessa votação pró Barrabás, o mesmo povo de Jerusalém, havia aclamado Jesus de Nazaré, na sua procissão de entrada na cidade.

Quanto a Barrabás era acusado de ter matado um soldado romano angariando simpatias aos olhos dos judeus contrários à ocupação romana, e, contra Jesus, só pesava o forte apelo de pregar o amor ao próximo.

A história, mesmo com personagens e de forma diferente, se repete a cada instante!

Os noticiários nacionais estampam a cada dia inúmeros casos de corrupção eleitoral e administrativa de detentores de cargos e mandatos públicos, sem legitimidade nenhuma se elegem.

Abstraindo dos pormenores dos escândalos envolvendo medalhões da vida pública brasileira, fica muito parecido com a história e encenação estudantil sobre a injusta votação do povo no criminoso chamado Barrabás.

Os corruptos de hoje, tal como Barrabás, tentam se proteger nas brechas e permissibilidades das Leis vigente, travestidos de puros e honestos, alegando serem injustiçados, enganam e pressionam o povo, agarrando-se sobre tudo ao manto da legitimidade popular para tentar escapar ilesos.

Enquanto isso, Jesus hoje representado pelo Povo, percorre sua via crucis, vendo a impunidade proteger aqueles que deveriam pagar severamente pelos crimes cometidos.

Antes como hoje na encenação da “nova Jerusalém”, também, Barrabás escapa de punição e Jesus (O Povo) é injustamente condenado por vários anos atraso.

A justiça eleitoral brasileira, assim, com Pôncio Pilatos, seus antigos jurisconsultos e os doutores da lei, continuam lavando as mãos e repassando ao povo o seu poder-dever, instalando total insegurança jurídica.

Se Barrabás fosse vivo e candidato era homem para mais de um milhão de votos só no Estado da Paraíba.

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